sábado, 20 de novembro de 2010

Cássia Janeiro - A pérola e a ostra

Paulistana, nascida em 1964, é escritora, poeta e educadora. Tem 4 livros publicados: “Poemas de Janeiro” (Massao Ohno, 1999); “Tijolos de Veneza” (Catedral das Letras, 2005); “A Pérola e a Ostra” (Verus/Record, 2007): “Educação em Valores Humanos e EJA” (IBPEX, 2010). Foi finalista do Prêmio Scortecci de Literatura, tendo poemas publicados em Coletânea, em 2006. Foi também finalista do Prêmio Jabuti, com “A Pérola e a Ostra”, em 2008. Em 2009 teve menção honrosa no Mapa Cultural de São Paulo e, em 2010, recebeu Título Honorífico da Cidade de Vinhedo por sua contribuição à Cultura e às Artes.
É educadora e Diretora de Avaliação e Pedagogia da OSCIP Centro de Atendimento ao Trabalhador (Ceat), na qual trabalha desde 2002. Foi consultora da UNESCO e dos programas Alfabetização e Capacitação Solidária, tendo trabalhos publicados no Brasil inteiro.
[Fonte: União Brasileira de Escritores]

"Os poemas de Cássia Janeiro se equilibram bem entre a capacidade de compor e a capacidade de fazer sentir, porque a sua composição parece aderir ao fluxo da emoção, como se o verso brotasse de uma fusão inextricável da vibração pessoal com o desejo de alcançar o outro por meio da linguagem ordenada. Direta e penetrante, ela sabe ligar o pólo do eu ao pólo do outro e do mundo, porque, por mais forte que seja a sua mensagem carregada de paixão, freqüentemente de dor, há nela a forte vocação do diálogo, sem o qual o poeta não se configura. " [O editor]

Cássia Janeiro em Brasília

Noite de lançamento em Brasília - Livraria Cotidiano

Eu e minha amada Cássia Janeiro

Eu te amo

Eu te amo como a violência das manhãs chuvosas
E a calma de um sábado.
Eu te amo como a madrugada desvirgina a noite
E como o céu guarda a lua.
Eu te amo sem razão e sem objetivo,
Sem começo nem meio.

Meu poema é uma oração que procura sua boca,
Que vasculha seu corpo.

Meu amor é simples e louco,
A pincelada amarela de Van Gogh,
A nota perdida de um tango de Piazzolla,
A palavra caída de Vinícius.

Eu te amo como o mortal
Que guarda a infinitude da solidão.
E te amo tão total e loucamente
Que você não nota,
Não sente.

Ah, se você pudesse sentir esse amor
E me mergulhar a cada instante,
Saberia, enfim,
Que se morre de amor
Para ter vivido.
[Cássia Janeiro. A pérola e a ostra. Editora Verus]

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